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Tendências pedagógicas...
Tendências pedagógicas...

 

Tendências pedagógicas

 

Resumo do textoGADOTTI. M. História das Idéias Pedagógicas. São Paulo:

Ática, 1998, p. 230-266.

 

 

O pensamento pedagógico brasileiro passa a ter mais autonomia com o desenvolvimento das teorias da Escola Nova. Até o final do século XIX, nossa pedagogia reproduzia o pensamento religioso medieval. Em 1924, com a criação da Associação Brasileira de Educação (ABE) nosso maior objetivo era o de reconstruir a sociedade através da educação, superando a educação jesuíta tradicional que dominava o pensamento nosso pedagógico desde os primórdios.

Com os jesuítas, tivemos um ensino de caráter verbalista, retórico, repetitivo, que estimulava a competição através de prêmios e castigos. Era uma educação que reproduzia uma sociedade dividida entre analfabetos e doutores.

O movimento anarquista também teve interesse na educação no início do século. Para os anarquistas, a educação não era o principal agente desencadeador do processo revolucionário, mas seriam necessárias mudanças na mentalidade das pessoas para que a revolução social fosse alcançada.

O pensamento pedagógico libertário teve como principal difusora Maria Lacerda de Moura (1887-1944) que propôs uma educação que incluísse educação física, educação dos sentidos e o estudo do crescimento físico. Moura afirmava que, além das noções de cálculo, leitura, língua prática e história, seria preciso estimular associações e despertar a vida interior da criança para que houvesse uma auto-educação.

A partir de 1930, a educação, principalmente a pública, teve mais espaço nas preocupações do poder. Houve o primeiro grande resultado político e doutrinário da ABE em favor de um Plano Nacional de Educação. Em 1938, com a fundação do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep), que é um precioso testemunho da história da educação no Brasil, fonte de informação e formação para educadores brasileiros até hoje.

Depois da ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945), começa um período de redemocratização no país que é interrompido com o golpe militar de 1964. Neste intervalo de tempo, em que as liberdades democráticas foram respeitadas, o movimento educacional teve um novo impulso, distinguindo-se por dois movimentos: o movimento por uma educação popular e o movimento em defesa da educação pública. Em ambos movimentos existem posições conservadoras e progressistas. Somente em 1988, com o movimento da educação pública popular, sustentado pelos partidos políticos mais engajados na luta pela educação do povo, passou-se a ter uma unidade de ideais.

No pensamento pedagógico contemporâneo, Paulo Freire situa-se entre os pedagogos humanistas e críticos que deram uma contribuição decisiva à concepção dialética da educação. Florestan Fernandes (1920), com sua sociologia, criou um novo estilo de pensar a realidade social, por meio da qual se torna possível reinterpretar a sociedade e a história, como também a sociologia anterior produzida no Brasil.

Para Luiz Pereira (1933-1985) a solução dos problemas enfrentados dentro da escola depende da solução dos problemas externos a ela, que envolvem aspectos econômicos e sociais. Ele criticou a maioria dos pedagogos que desconsideravam esses aspectos extra-escolares e que acreditavam que a escola, por si só, transformaria a sociedade.

No início da década de 90, o discurso pedagógico foi enriquecido com temas como a diversidade cultural, diferenças étnicas e de gênero ganharam espaço no pensamento pedagógico brasileiro e universal.

Os educadores e pedagogos da educação liberal defendem a liberdade de ensino, de pensamento e de pesquisa, os métodos novos baseados na natureza da criança. O Estado, para eles, deve intervir o mínimo possível na vida de cada cidadão particular. Nessas tendências existem defensores da escola pública e defensores da escola privada. Mas têm em comum uma filosofia do consenso, isto é, não reconhecem na sociedade o conflito de classes e restringem o papel da escola ao pedagógico, somente.Os seguidores da educação progressista defendem o envolvimento da escola na formação de um cidadão crítico e participante da mudança social. Dentro deste pensamento encontram-se correntes que defendem a formação da consciência crítica, passando pela assimilação do saber elaborado; o saber técnico-científico, que deve ter por objetivo o compromisso político.

O pensamento pedagógico brasileiro está em constante movimento e tentar reduzi-lo a esquemas seria uma forma de esconder essa riqueza e essa dinâmica.

 

Esse texto achei interesante foi de uma busca legal sobre as tendências pedagógicas, está aqui por que contribui muito para nossos professores refletirem e ter maior conhecimento sobre as práticas pedagógicas atuais.