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projeto consciência negra.
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Projeto Cultural: Um olhar negro Objetivo Tratar da importância e valorização da cultura negra dentro da escola, criando espaços para manifestações artísticas que proporcionem reflexão crítica da realidade e afirmação positiva dos valores culturais negros pertencentes a nossa sociedade é o que propõe o projeto “Um olhar negro”, da escola Teodoro Luciano da Silva-Piabas-caém-Ba Exploração do tema Um olhar negro Na escola, valores sociais e morais são reforçados e também é nela que muitos preconceitos são perpetuado de forma quase imperceptível. Portanto é também na escola que se deve propiciar a reflexão crítica sobre esses valores. A escola sempre pintou a África pobre, sem histórias próprias, com uma população subalterna, sem-cultura e escravizada. Precisamos urgentemente reverter esse quadro. E esse projeto pedagógico surge para tentar tirar do anonimato a verdadeira história da África e de seu povo, bem como abrir um leque de discussões em torno da diversidade cultural existente em nosso país, a fim de que essa diversidade seja respeitada e valorizada. Assim, dentro da proposta de trabalhar na escola a valorização da cultura afro-brasileira, professores e alunos do Ensino fundamental, Escola Municipal Teodoro Luciano da silva, envolveram-se na realização de um projeto que busca promover um espaço cultural para trabalhar expressões da arte e cultura negra, desenvolvendo atividades variadas que são abordadas: - A Capoeira e sua importância - através de demonstrações coreográficas de grupos locais; - A musicalidade de contextualização negra - com a participação de cantores amadores da escola e do município, com repertório de raízes; - As coreografias fundamentadas nas raízes negras - com a participação de grupos locais; - A teatralidade interpretativa de textos da cultura africana - monólogos, poesias etc. - A beleza negra - com a realização de um desfile para escolha da Beleza Negra do município. A elaboração e desenvolvimento desse projeto de arte e cultura negra visam a atender dois pré-requisitos básicos: o exercício da cidadania e vivência dos valores através da apropriação da arte e da cultura, como ferramentas necessárias para estar num mundo formado por sociedades que usam o preconceito como instrumento das esferas de diferenças sociais e, ainda, o resgate da herança africana, cuja história fora esquecida e ignorada ao longo do tempo. O projeto tem por objetivo favorecer o desenvolvimento da expressão corporal, oral e cultural dos alunos, através de momentos de interpretação (monólogos), coreografias, músicas, Capoeira, poesias e a valorização estética negra, para a ampliação dos conhecimentos e formação de hábitos e atitudes fundamentais nos valores éticos. Propõe-se, ainda, dar a conhecer, através de demonstrações culturais e de atividades teatrais e de interpretação alguns aspectos importantes do contexto da escravidão negra, ressaltando os valores que impulsionaram e orientaram a sua vida e a formação de sua identidade. Com este conhecimento, vivenciar e valorizar a cultura negra através da música e da pintura como forma de identificação e resgate da auto-estima do aluno afro-descendente. Através de atividades artísticas, busca-se desenvolver ações transformadoras, projetando o respeito como prática fundamental e essencial para mudar as pessoas e, conseqüentemente, a sociedade. Outros anexos: Capoeira A Capoeira é uma expressão cultural que mistura esporte, luta, dança cultura popular, música e brincadeira. Desenvolvida por escravos africanos trazidos ao Brasil e seus descendentes, é caracterizada por movimentos ágeis e complicados, feitos com freqüência junto ao chão ou de cabeça para baixo, tendo por vezes um forte componente ginástico-acrobático. Uma característica que a distingue de outras lutas é o fato de ser acompanhada por música. A palavra capoeira tem alguns significados, um dos quais se refere às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Foi sugerido que a Capoeira obteve o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata. A música é um componente fundamental da Capoeira. Ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado durante a roda de Capoeira. A música é composta de instrumentos e de canções, podendo o ritmo variar de acordo com o Toque de Capoeira de bem lento (Angola) a bastante acelerado (São Bento Grande). Muitas canções são na forma de pequenas estrofes intercaladas por um refrão, enquanto outras vêm na forma de longas narrativas (ladainhas). As canções de Capoeira têm assuntos dos mais variados. Algumas canções são sobre histórias de capoeiristas famosos, outras podem falar do cotidiano de uma lavadeira. Algumas canções são sobre o que está acontecendo na roda de capoeira, outras sobre a vida ou um amor perdido, e outras ainda são alegres e falam de coisas tolas, cantadas apenas para se divertir. Os capoeiristas mudam o estilo das canções freqüentemente de acordo com o ritmo do berimbau. Desta maneira, é na verdade a música que comanda a Capoeira, e não só no ritmo, mas também no conteúdo. O toque Cavalaria era usado para avisar os integrantes da roda que a polícia estava chegando; por sua vez, a letra é constantemente usada para passar mensagens para um dos capoeiristas, na maioria das vezes de maneira velada e sutil. Roda de Capoeira A roda de Capoeira é um círculo de pessoas em que é jogada a Capoeira. Os capoeiristas se perfilam na roda de Capoeira batendo palma no ritmo do berimbau e cantando a música enquanto dois capoeiristas jogam Capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do capoeirista no berimbau (normalmente um capoeirista mais experiente) ou quando algum capoeirista da roda entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles. O tamanho da roda pode variar de um diâmetro de três metros até diâmetros superiores a dez metros, ao mesmo tempo em que pode ter meia dúzia de capoeiristas até mais de uma centena deles. Embora os nomes dos golpes de Capoeira variem de grupo para grupo, alguns dos principais são: • Armada • Au • Baiana • Banda • Benção • Cabeçada • Chapa • Galopante • Macaco • Martelo • Martelo Cruzado • Meia-lua • Meia-lua de base • Meia-lua de compasso • Meia-lua de frente • Pisão • Ponteira • Queixada • Rabo-de-arraia • Rasteira • Vôo do morcego • Ponte aranha • Ponta de faca • Amazonas • Giro de mão • Corcorinha • Quebra de rins • Esquiva • Esquiva com rolê • Salto mortal • Giro de cabeça • Ginga A Música e Dança Negra A Música Negra A música negra (também conhecida como música afro-brasileira no Brasil e música afro-americana nos Estados Unidos) é um termo dado a todo um grupo de gêneros musicais que emergiram ou foram influenciados pela cultura de descendentes africanos em países colonizados por um sistema agrícola baseado na utilização de mão-de-obra escrava (plantation). É comum em toda a América, onde o uso de mão-de-obra escrava negra foi amplamente utilizado. As músicas tribais africanas foram trazidas pelos escravos para os países americanos, onde se mesclaram com outros ritmos europeus, formando novos gêneros musicais. No Brasil • Axé music • Carimbó • Funk carioca • Lambada • Lundu • Maxixe • Maracatu • Pagode • Samba A Dança Negra A dança - enquanto forma de expressão corporal - possui uma linguagem onde cada gesto significa e representa idéias e sentimentos. Emoções. Sensações. O jogo da Capoeira é a síntese da dança. A sua essência, disfarçada em brinquedo. Vadiação. Distração de quem busca extravasar cada função interior nos gestos exteriores. É na dança que se manifesta a tradição milenar da cultura negra de reverenciar as origens. Isto ocorre cada vez que se repetem gestos ancestrais. Renovados. Conduzindo ao reconhecimento da necessidade de manter viva a ligação com os antepassados, que praticaram os mesmos atos. Nisto reside a grandeza da dança negra. Ritual. E no respeito aos que geraram a vida, a beleza maior. O balanço dos braços, o arremesso dos pés, o meneio do tronco e dos quadris, a harmonia de todo o corpo em gestos que não perdem a continuidade. Como se fôra um ininterrupto perambular pelo círculo, em estreita ligação com o solo. Mama África Chico César Mama África A minha mãe É mãe solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Além de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia... (2x) Mama África, tem Tanto o que fazer Além de cuidar neném Além de fazer denguim Filhinho tem que entender Mama África vai e vem Mas não se afasta de você... Mama África A minha mãe É mãe solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Além de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia... Quando Mama sai de casa Seus filhos de olodunzam Rola o maior jazz Mama tem calo nos pés Mama precisa de paz... Mama não quer brincar mais Filhinho dá um tempo É tanto contratempo No ritmo de vida de mama... Mama África A minha mãe É mãe solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Além de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia...(2x) É do Senegal Ser negão, Senegal... Deve ser legal Ser negão, Senegal...(3x) Mama África A minha mãe É mãe solteira E tem que Fazer mamadeira Todo o dia Além de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia...(2x) Mama África A minha mãe Mama África A minha mãe Mama África... Olhos Coloridos Sandra de Sá Os meus olhos coloridos Me fazem refletir Eu estou sempre na minha E não posso mais fugir Meu cabelo enrolado Todos querem imitar Eles estão baratinados Também querem enrolar Você ri da minha roupa Você ri do meu cabelo Você ri da minha pele Você ri do meu sorriso A verdade é que você, Tem sangue crioulo Tem cabelo duro Sarará crioulo Sarará crioulo, sarará crioulo (2x) (O Preto Em Movimento) Mv Bill Racismo é burrice Gabriel Pensador O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista É o que pensa que o racismo não existe O pior cego é o que não quer ver E o racismo está dentro de você Porque o racista na verdade é um tremendo babaca Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca E desde sempre não pára pra pensar Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar E de pai pra filho o racismo passa Em forma de piadas que teriam bem mais graça Se não fossem o retrato da nossa ignorância Transmitindo a discriminação desde a infância E o que as crianças aprendem brincando É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica Ninguém explica Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural Todo mundo que é racista não sabe a razão Então eu digo meu irmão Seja do povão ou da “elite” Não participe Pois como eu já disse racismo é burrice Como eu já disse racismo é burrice. Histórico O Dia da consciência Negra é comemorado em 20 de novembro como forma de homenagem a Zumbi dos Palmares, um dos maiores heróis da história do Brasil. A data marca o dia de sua morte, ocorrida no ano de 1695, por ocasião da guerra travada entre o governo brasileiro e os negros inseridos no Quilombo dos Palmares. Quilombos eram locais de refúgio para escravos no Brasil. Geralmente eram estabelecidos em locais de difícil acesso, embrenhados em matas, florestas ou montanhas. O mais famoso dos quilombos foi o de Palmares - localizado na Serra da Barriga, região pertencente ao atual estado de Alagoas -, criado no início do século 17. Os relatos históricos existentes são muito controversos e pouca certeza há na origem de Zumbi. Isso se deve ao fato de que os relatos acerca de sua vida foram feitos por seus inimigos: os colonos e portugueses que se puseram a combatê-lo, pagos por senhores escravagistas. Entre as diversas versões, conta-se que era um chefe africano trazido à força para ser escravo, ou um homem livre que nasceu em Palmares, ou ainda um filho de escravos que foi criado por um padre até os 15 anos, tendo aprendido a ler, a falar e a escrever em português e em latim. O que se sabe com mais certeza é que Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares. Sua lendária imagem o apresenta como um homem forte, orgulhoso e inconformado com sua condição social, que resolveu enfrentar aqueles que torturavam seu povo. Palmares, durante quase todo o século 17, foi alvo de mais de 40 incursões militares, que buscavam terminar com o quilombo. Afinal, a autonomia dos negros ameaçava a hegemonia dos senhores de engenho, pois seguidamente seus escravos fugiam para a Serra da Barriga, ou eram libertos por guerreiros quilombolas, em expedições ocasionais. Durante o tempo em que liderou seu povo contra a ganância e o ódio dos escravagistas, Zumbi organizou uma resistência poderosa, que conseguiu manter a estabilidade do quilombo por muitos anos. Em 1694 e 1695, ocorreu uma verdadeira cruzada contra Palmares. O drama finalmente terminou quando o mulato Antônio Soares (ex-companheiro de Zumbi que foi capturado e torturado pelos expedicionários paulistas), atraiu o grande líder para uma emboscada e apunhalou-o no estômago, dando sinal para os paulistas avançarem. Zumbi lutou até o fim. Depois disso, muito da história se perdeu, mas a história legendária de Zumbi permaneceria. Foi citado pelos abolicionistas, no século 19, como grande herói e mártir. A partir da década de 1980 novos estudos buscaram traçar a real identidade de Zumbi e dos quilombolas e, em 1995, a data da morte do maior herói negro e símbolo da liberdade foi adotada como o Dia da Consciência Negra. Concordo/discordo Em folhas de ofício, escrever as frases abaixo e outros pensamentos, colocá-los em um quadro ou no chão e pedir para que as pessoas formem grupos em torno de um deles para conversar. Depois, apresentam-se as conclusões para o grupo todo. “Houve um tempo em que lugar de negro era na senzala. Hoje trancam a gente na favela.” Carolina Maria de Jesus - escritora negra. “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” Nelson Mandela - prêmio Nobel da Paz 1993. Martin Luther King, negro estadunidense, militante da paz e dos direitos humanos, assassinado em l968, disse: “O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”. Cantando e Pensando Utilizar a letra das músicas sugeridas para conversar e refletir sobre: - A origem da exclusão econômica, social e cultural do povo brasileiro, em sua maioria afro-descendente que “livre do açoite da senzala ficou preso na miséria das favelas”. - As “brincadeiras” que reforçam o preconceito racial, que enfraquece a relação entre as pessoas e tanto mal provocam. – A garra da mulher negra brasileira, sua luta pela sobrevivência e pelo reconhecimento, sua “mania de ter fé na vida”. - A diversidade que constitui a formação étnica e cultural do povo brasileiro. - Os desafios e conquistas da organização da juventude negra e a importância de sua articulação com os movimentos sociais. Pode-se organizar um grupo para cada letra de música, com o desafio de trazer mais elementos sobre o tema: fazer pesquisas, entrevistas, coletar depoimentos, trazer imagens, criar cenários, coreografias. Finalizar com a apresentação de todos os grupos, cantando e dançando estas e outras músicas. - As “brincadeiras” que reforçam o preconceito racial, que enfraquece a relação entre as pessoas e tanto mal provocam. – A garra da mulher negra brasileira, sua luta pela sobrevivência e pelo reconhecimento, sua “mania de ter fé na vida”. - A diversidade que constitui a formação étnica e cultural do povo brasileiro. - Os desafios e conquistas da organização da juventude negra e a importância de sua articulação com os movimentos sociais. Pode-se organizar um grupo para cada letra de música, com o desafio de trazer mais elementos sobre o tema: fazer pesquisas, entrevistas, coletar depoimentos, trazer imagens, criar cenários, coreografias. Finalizar com a apresentação de todos os grupos, cantando e dançando estas e outras músicas.